quinta-feira, 9 de junho de 2011

Relação entre o Filme Sonhos, de Akira Kurossawa, e o texto Sobre Educação Estética, de Friederich Schiller

Pontifícia Universidade Católica
Arquitetura e Urbanismo
Estética e História da Arte
Orientador Leandro Bessa
Fevereiro de 2011.



Esse texto foi elaborado após ler e assistir os conteúdos indicados para tal. Após esse procedimento, tomei como base o texto e seguindo sua linha de raciocínio fiz referências ao filme. Ao final, me volto principalmente para o filme.

Os dois fazem alusão à maneiras de corrigir nossos princípios práticos, ou seja, nossos comportamentos mais involuntários, que nos levam a sentir e observar o mundo de forma especifica. Essa correção está na análise crítica e sem preconceito, numa análise de todos os sentidos e não de conceitos digeridos e repassados. Exemplificado no conto a festa dos bonecos, onde se vê a destruição de um belo lugar (pomar dos pessegueiros) e a limpeza de conceitos de um garoto, que, por isso, enxerga além das irmãs.

Afirmam, de uma forma um pouco subjetiva, que os valores morais se distorcem para dar espaço a uma série de falsos valores impostos pelo consumismo, egocêntrismo, fanatismo de alguns. Existindo sempre uma forma clara de resolvermos essas questões e ela sempre está ligada a beleza e pureza da natureza.
A primeira frase do texto sintetiza toda a sua relação com o universo ao redor. Ele vê no mundo, arte, uma visão primeiramente bela e logo em seguida toda uma mensagem clara sobre absolutamente tudo o que proucuramos, com atenção podemos ampliar nossos conhecimentos e melhorar nosso carater. Sem atenção, nos confundiremos. Quem mais perfeito para ilustrar essa idéia do que Kurossawa?

A cada quadro de seu filme, Akira Kurossawa, revela uma beleza de criativida e conexão com esses principios. Os dois primeiros contos (em sua infância), mostram inocência e uma grande ligação com a natureza e suas regras. O Terceiro conto (encontro com Van Gogh), nos mostra, que precisamos sentir mais, pensar menos, assim criaremos mais coisas belas, se, como diz Friederich Schiller, educarmos nossos sentimentos.

Já o quarto conto, mostra como temos que perserverar nos objetivos mais complexos, desistir, fingir que não vê, muitas vezes é mais facil. Mas precisamos nos esforçar para conseguir o melhor de nós mesmos.


O quinto, sexto e o sétimo são claramente uma referência a esse fanatismo, egocêntrismo que muitas vezes cega o homem e traz tragédias. Esse loucura nos releva o terror da guerra, com a culpa, bombas atômicas,
ganância.

O oitavo mostra a simplicidade e a beleza das coisas naturais, uma verdadeira paixão pela vida e pelo que se pode fazer com ela.

A conclusão é a grande proucura de nós mesmo dentro do caráter e ações que influênciam todos ao redor.

Finalizo com um texto sobre Kurossawa:


“Diz-se que quem nasce japonês, morrerá japonês, tão forte é a carga cultural que molda a personalidade do nipônico desde o berço. Kurosawa é produto dessa cultura demonstrado nos temas de seus filmes. O amor pela Natureza e a estética de significados do xintoísmo, a preocupação com o equilíbrio mental do zen-budismo e a ética social do confucionismo, revestidos pela alma de um humanista, pacifista nos ideais, poeta nos métodos, crítico sutilmente sarcástico na advertência à sociedade consumista, fazem de “Sonhos”, obra de rico conteúdo e beleza que, como nas outras obras do mestre, nos convidam a pensar.”
Por Iochihiko Kaneoya
http://www.nipocultura.com.br/?p=439

Joanna Lustosa

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