sábado, 22 de janeiro de 2011

Uma semana tão parada... Uma cidade tão estranha...



Nesse dia sai, a pé, pra resolver algumas coisas. Como era de se esperar, em uma cidade diferente e com documentos em mãos, me perdi.

A cada mulher que passava por mim, salto (só de olhar o tanto que elas estavam andando meu pé já doia!), maquilagem! Por cada criança que eu passava, lacinhos, bolsinhas! Como será que essas crianças sobem em árvores, se sujam de lama, brincam?

Todos tão sérios, em seus mundinhos, parece que não vêem ninguém...

Vi tanta gente, todos tão diferentes e me caiu uma ficha: Eu devo ser o ser mais mal vestido e desengonçado num raio de uns 100 km!

Assustadoramente diferente, ou será que estou ficando velha, velha o suficiente pra reparar que sou tão estranha?

E sinceramente, a cada passo que eu dava e sentia o conforto do meu tênis, da minha calça folgada e a leveza da menor bolsa que eu poderia usar, agradecia a Deus por eu ser tão incoerente com toda essa loucura.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Meio-Termo


Acho tão elegante uma carta. Muito mais sensual que um e-mail. Bem mais próximo que um telefonema.

A ex que mais marcou (ele ou eu...) também prefere cartas... Ai começa a confusão, a guerra pelo uno, ser unica em toda uma vida, que inclusive tem um terço a mais de histórias que a minha...

Mas nessa guerra eu não quero deixar de ser eu. Tem hora que eu só preciso esquecer tudo isso e respirar, o ar da noite, a flor roxa na entrada do prédio.

Eu não suporto não ser única. Não suporto o meio-termo. Eu quero tudo. Se não tiver como, prefiro o nada. Os dois libertam. Já o meio termo aprisiona, cria grades invisíveis mais forte que adamantium.

O meio-termo me enjoa, me enfraquece, me consome...